Descarbonização: o Futuro do Setor Marítimo

Sustentabilidade, será que você realmente precisa? Isso o ajudará a decidir.

Mundialmente, a descarbonização é um tema quente, em razão do cenário pós-revolução industrial que vivemos, isso tudo por conta de uma acentuação além do ciclo natural do CO₂. No dia 12 dezembro de 2015, no Acordo de Paris, foi negociado entre os Estados Membros o comprometimento a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2°C, de preferência a 1,5°C, em comparação com os níveis pré-industriais. Para além disso, é notável como o debate sobre sustentabilidade tem ganhado cada vez mais visibilidade.

Atualmente a frota mercante, responsável por 90% da economia global, resulta em 3% da contribuição nas emissões dos gases de efeito estufa. No setor marítimo, a pauta segue em discussão pelo premente compromisso da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em Inglês), que afirma seu compromisso em dedicar-se a uma redução em metade desse volume até 2050.

Esse alvo resultou em metas ambiciosas por partes de grandes empresas do setor. A A.P. Moller – Maersk, segunda maior companhia de transporte global, afirmou que pretende zerar suas emissões até 2040, uma pretensão ainda maior comparada a meta estipulada inicialmente.

 “A ciência é clara, devemos agir agora para obter progressos significativos nesta década”, disse Soren Skou, ex-CEO da companhia.

O mesmo diz ser um imperativo estratégico da Maersk. Revelaram ainda que seus esforços não se restringirão apenas na redução das emissões de suas frotas oceânicas, mas abrange todos os impactos diretos e indiretos relacionados a gigante dinamarquesa. 

Não restam dúvidas! O compromisso com a sustentabilidade não deve ser somente no que envolve suas emissões diretas, mas onde indiretamente, sua empresa influencia em ações que potencializam o impacto ambiental negativo.

Net zero

Essa demanda é chamada de Net Zero, que é comumente confundido com neutralização do carbono. 

Neutralizar carbono é diminuir emissões e compensá-las. Já Net Zero é redução das emissões indiretas, geradas por toda a cadeia produtiva envolvida nas atividades do emissor e que dentro das classificações recebem o escopo 3. Essa categoria inclui emissões de fornecedores, terceirizados e até mesmo de clientes. 

Emissões dessa divisão são majoritariamente o de maior dominância dos três escopos, já que frequentemente contam com mais de 70% do resultado da pegada de carbono de uma companhia.

Nossa Iniciativa

A partir do momento onde entendemos aonde precisamos agir, nossa abordagem passa a ser mais assertiva. Hoje a LandSea Group se enquadra dentro do escopo 2 – que são as emissões indiretas, provenientes da energia elétrica que alimenta nossa companhia. 

Pensando em como poderíamos reduzir a emissão, partimos para o planejamento de ações e que resultaram na substituição de fontes de energias não renováveis para o uso de placas solares. 

A energia solar é considerada um ativo ambiental, fonte de energia limpa e um investimento que pode controlar e amenizar a pegada de carbono. Ao adotar essa iniciativa, conseguimos reduzir a emissão em cerca de 27 toneladas métricas de CO₂ na atmosfera.

A troca de fonte de energia não renovável para renovável dentro dessa quantidade de emissão representaria em plantio de árvores aproximadamente 1.227 plantas já adultas em um ano. Ressaltamos, entretanto que a escolha dessa iniciativa é apenas um complementar e o plantio de árvores é uma ação relevante, agindo diretamente na luta contra mudanças climáticas.

A LandSea group, estuda ainda outras estratégias para contribuir com a redução das emissões de carbono, bem como outras iniciativas ambientais que trarão resultados significativos.

“Esses projetos nos levarão a consolidar a sustentabilidade em nossa companhia de um modo mais incisivo, é o nosso compromisso! Fazemos parte do setor marítimo e de maneira nenhuma deixaremos de avançar com ele, isso para nós é imprescindível” afirma o CEO Koryollano Vieira.

Imagem Coorporativa e Competitividade

Se você está com dúvida até aqui se realmente precisa compensar suas emissões, aqui vai alguns argumentos que o ajudarão a se decidir.

As companhias relatam enorme pressão dos clientes que também necessitam reduzir a pegada de carbono em suas cadeias de suprimento. O levantamento do Boston Consulting Group (BCG) com 125 empresas que dependem da frota mercante, mostrou que 71% pagariam mais caro por um frete neutro em carbono. Isso nos indica que a demanda é cíclica e recai sobre todos, mesmo que perifericamente envolvidos na indústria naval.

Para Jean Bernardini, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, a previsão é que essa ligação entre o progresso empresarial e o meio ambiente como diferencial na competitividade seja intensificada com a Agenda 2030.

Que a sustentabilidade contribui significativamente no valor de marca, consequentemente gerando aumento da competitividade no mercado nós já sabemos. Mas e quanto ao lucro financeiro? Sustentabilidade é mesmo rentável?

 A empresa brasileira Grupo Natura compensou 3,6 milhões de toneladas de gases, gerando R$ 1,6 bilhão entre 2007 e 2018; e em 2019 reverteu R$ 33,5 milhões para comunidades impactadas e 38 projetos que geraram mais créditos de carbono.

Uma projeção feita pela WayCarbon, aponta que o potencial de geração de receitas com créditos de carbono até 2030 para o Brasil subiu de US$ 100 bilhões para até US$ 120 bilhões. E depois de 22 anos, o estado do Rio de Janeiro voltará a ter uma bolsa de valores. Desta vez, voltada para negociações de créditos de carbono e ativos ambientais, como energia, clima e florestas. “O segmento está ganhando força em todo o mundo, sendo visto como uma das alternativas de retomada da economia após a crise causada pela pandemia da Covid-19”, ressaltou o governador do Rio, em comunicado divulgado à imprensa.

Perceba o inevitável, o mercado mudou, o valor associado a gestão do Meio Ambiente é progressivamente o diferencial no mercado. Hoje a ciência se une à economia a fim de cuidar do nosso precioso recurso e morada. Todo investimento em sustentabilidade não voltará vazio, seja em lucros financeiros ou em benefício do planeta.

Tendo isso em mente, trate o assunto com a relevância que tem e entre nessa jornada, você não vai se arrepender.

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